Estados Unidos, Chile, Argentina e outros dizem ter dúvidas sobre a lisura da eleição na Venezuela; Lula vai esperar mais dados antes de se pronunciar
O Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre a vitória de Nicolás Maduro, que venceu as eleições venezuelanas com 51,2% dos votos. O Itamaraty disse, em nota, que aguarda o resultado oficial para se pronunciar, assim como o Reino Unido. A oposição afirmou que seu candidato, Edmundo González Urrutia, teve 70% dos votos.
Pelo mundo, representantes de 14 países não reconhecem a vitória de Maduro e cobram transparência na apuração das urnas. Outras 8 lideranças, sobretudo de países com governos autoritários, como Nicarágua, Cuba, Rússia, China, Honduras e Bolívia, deram parabéns a Maduro.
Desconfiança
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos “têm sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”.
Josep Borrell, representante da diplomacia da União Europeia, pediu transparência na apuração. “Os venezuelanos votaram sobre o futuro do país de forma pacífica e em grande número. A vontade deve ser respeitada. É essencial garantir a total transparência do processo eleitoral, incluindo a contagem pormenorizada dos votos”.
O presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que o país não vai reconhecer nenhum resultado que não seja verificável. O presidente da Argentina, Javier Milei, escreveu em sua conta no X (ex-twitter), antes mesmo da divulgação do resultado: “Maduro ditador, fora!!!”.
Nas Américas Latina e Central, os líderes do Peru, Costa Rica, Uruguai e Guatemala também se manifestaram, pedindo transparência e refutando o resultado das eleições venezuelanas.
Celebração
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, mencionou que os 2 países são “bons amigos e parceiros que se apoiam mutuamente”.
O presidente Vladimir Putin fez questão de dar parabéns a Maduro. “As relações russo-venezuelanas têm o caráter de uma parceria estratégica”, disse Putin em mensagem a Maduro, segundo o Kremlin.
O líder da Nicarágua, Daniel Ortega, mandou um “abraço fraterno” a Maduro.
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